1 - Dietas radicais, como a da proteína, valem mesmo a pena ou estão sempre fadadas ao efeito sanfona?
A dieta com restrição de carboidratos não é uma dieta radical, tendo em vista que o paciente apenas se limita a ingerir um determinado tipo de alimento. Este regime ensina ao paciente como comer, mas não limita as quantidades, levando a uma reeducação alimentar natural, sem perigo de efeito sanfona.
2 - É verdade que a dieta da proteína aumenta o colesterol?
Não. Pelo contrário, hoje os estudos científicos recentes comprovam que a dieta com baixo índice de carboidrato é a que apresenta o efeito mais positivo na melhora do perfil lipídico, aumentando o HDL (bom colesterol) e diminuindo os triglicerídeos.
3 - Quais são os riscos para o organismo de abolir o carboidrato do cardápio?
Nenhum risco. Valendo ressaltar que a nossa proposta não se baseia em uma retirada completa dos carboidratos. Na fase de manutenção, o indivíduo pode comer todo tipo de carboidrato, devendo escolhe-lo através de uma tabela específica que garante combinações acertadas.
4 - Antes de começar uma dieta, que tipo de exames é importante fazer e por quê?
O paciente deve ser submetido fundamentalmente a um exame clínico completo de sangue, laboratoriais e de imagem. A dieta é um ótimo pretexto para se fazer um check-up.
5 - Existe alguma contraindicação para a dieta da proteína?
A contraindicação é pontual em pacientes que apresentem alguma disfunção renal. Mas isso não quer dizer que o regime, por si só, leva à disfunção renal.
6 - Por quanto tempo posso fazer uma dieta restritiva sem prejudicar a saúde?
Não existe limite de tempo para se fazer este regime, que deve ser realizado sob supervisão médica pelo tempo necessário. Além da perda de peso e da melhora metabólica, estudos recentes mostram evidências de benefícios da dieta da proteína para o tratamento do câncer, da Doença de Alzheimer, Doença Parkinson, AVC, epilepsia, envelhecimento, enxaqueca, autismo, traumatismo craniano e outras desordens neurológicas, corroborando que não há um limite de tempo para ser realizada.
7 - A idade da pessoa influencia de alguma forma o processo?
Cada faixa etária e sexo apresentam sua peculiaridade, o que de fato influenciará positivamente ou negativamente na redução do peso. Por isso, é fundamental que todo paciente passe por uma avaliação médica séria e bem criteriosa antes de iniciar qualquer tratamento. E, como o metabolismo muda com a idade, deve-se avaliar a presença de algumas alterações hormonais como na menopausa, período em que a mulher pode apresentar dificuldade maior para emagrecer.
8 - Em um processo de emagrecimento, a dieta equivale a quantos por cento do resultado?
A dieta sem dúvida é a protagonista no processo de perda de peso, sendo responsável por cerca de 70% dos resultados, dependendo do paciente. Obviamente o exercício é fundamental e ajuda muito, aumentando a taxa metabólica basal, a massa magra e melhorando a auto-estima, fatores essenciais na redução e manutenção do peso.
9 - Alguma dica para combater a fome depois de praticar exercícios?
A fome após o exercício é uma resposta fisiológica do nosso organismo que não deve ser enganada. Pelo contrário, deve ser bem suprida pelos alimentos que são permitidos na dieta. Alguns tipos de carboidratos e proteínas, por exemplo, podem ser ingeridos sem restrição após a atividade física, bem como suplementos protéicos que tenham baixo teor de carboidratos.
10 - Dizem que algumas dietas fazem perder os cabelos e cair as unhas. É importante tomar suplementos vitamínicos para complementar a perda de nutrientes durante o regime?
Essa pergunta denota a importância de uma avaliação e um acompanhamento médico durante qualquer tratamento nutricional, uma vez que o regime bem orientado proporciona por si só todos os nutrientes necessários ao organismo. Perdas de cabelo e unhas fracas durante uma dieta podem ser sinais de cardápio mal orientado.
11 - Terminada a dieta, o que é importante fazer para manter o peso e não ser vítima do efeito sanfona?
A principal fase do tratamento é a de manutenção, que apresenta uma série de peculiaridades que devem ser acompanhadas por um profissional responsável. O paciente deve manter os hábitos alimentares saudáveis aprendidos durante a dieta, deve manter a prática diária de exercícios físicos e o acompanhamento médico e nutricional periódico. É nesta etapa que o médico fará a reintrodução dos alimentos de acordo com as necessidades de cada paciente.
12 - Existem alimentos que realmente ajudam a emagrecer, como o abacaxi e o limão? Você recomendaria outros?
O importante no emagrecimento é seguir algum programa dietético sério com base em evidências científicas prévias que auxiliam no processo de emagrecimento.
13 - Gelatina deixa a pele mais firme ou isso é mito?
Gelatina, assim como todas as outras fontes protéicas que podem ser ingeridas sem restrição em dietas como a proteíca, são fontes de colágeno. Mas dizer que deixa a pele mais firme é um exagero.
14 - Colágeno é um bom complemento durante uma dieta?
As melhores fontes de colágeno são as proteínas. Se ele pode ser obtido na própria dieta (através de um bife, por exemplo), não existe necessidade de suplemento.
15 - Como manter o intestino funcionando bem durante a dieta?
O indivíduo deve manter a ingestão de fibras, presentes nos vegetais, nas frutas e em alguns tipos de grãos, associando o uso de semente de linhaça, germe de trigo, oleoginosas como nozes, avelãs, castanhas e macadâmia. É sempre importante lembrar, também, que um boa ingestão diária de líquidos é fundamental para o funcionamento regular do intestino.